Resumo sobre Órtese: Conceito, Classificações e Exemplos

 

Neste conteúdo, você vai compreender o que são órteses, quais suas indicações clínicas, como são classificadas e utilizadas na prática médica. O uso adequado desses dispositivos é fundamental na reabilitação funcional, na prevenção de deformidades e no suporte a diferentes segmentos do corpo humano.

Preparamos um resumo completo e direto ao ponto, essencial para quem se prepara para provas de residência ou atua nas áreas de ortopedia, fisioterapia e medicina física e reabilitação.


O que é uma Órtese?

Órtese é um dispositivo médico utilizado de forma temporária ou contínua com o objetivo de prevenir deformidades, limitar sua progressão e/ou compensar deficiências funcionais em membros, órgãos ou tecidos.

A palavra “órtese” deriva do grego orthósis, que significa “ação de endireitar ou alinhar”. Sua principal função é fornecer suporte, correção ou auxílio funcional, promovendo estabilidade e melhorando a funcionalidade física.

Diferença entre Órtese e Prótese

Enquanto a prótese é um dispositivo que substitui total ou parcialmente uma estrutura ausente ou comprometida (como membros ou órgãos), a órtese é projetada para suportar, corrigir ou melhorar a função de uma estrutura ainda presente.

Característica Órtese Prótese
Finalidade Suporte e correção funcional Substituição anatômica
Estrutura-alvo Membro/órgão preservado Membro/órgão ausente
Exemplo Palmilha, colete, tala Prótese de perna, de mama

Ambos os dispositivos são fundamentais no processo de reabilitação e melhoria da qualidade de vida.


Classificação das Órteses

As órteses podem ser classificadas de acordo com a forma de aplicação e funcionalidade:

🔹 Por método de utilização:

  • Internas (implantadas): suturas, placas, parafusos, marca-passos, bombas de infusão.

  • Externas (não implantadas): coletes, colares cervicais, muletas, palmilhas, andadores.

  • Parcialmente implantadas (percutâneas): fixadores externos, stents, drenos.

🔹 Por função:

  • Órteses estáticas: imobilizam ou limitam movimento (ex.: talas, colares cervicais).

  • Órteses dinâmicas: permitem movimento controlado e estimulam função muscular (ex.: aparelhos articulados para reabilitação).


Tipos de Órteses

▶️ Órteses de membros inferiores

Utilizadas para facilitar a marcha, prevenir deformidades e aliviar dor, as órteses de membros inferiores incluem:

  • Palmilhas: promovem alinhamento postural e alívio de carga.

  • AFO (órtese suropodálica): substitui função do tornozelo.

  • KAFO (órtese cruropodálica): estabiliza joelho e tornozelo.

  • Pélvico-podálica: indicada para lesões medulares com necessidade de ortostatismo.

▶️ Órteses da coluna vertebral

Projetadas para imobilizar segmentos da coluna, corrigir deformidades ou auxiliar na recuperação pós-operatória:

  • Colares cervicais: modelos flexíveis, semirrígidos e rígidos.

  • Coletes toracolombossacros: como o colete de Boston e o colete Jewett.

  • Colete Halo: máxima imobilização cervical em casos complexos.

▶️ Órteses de membros superiores

Englobam desde talas simples até dispositivos mais complexos, utilizados para proteger articulações, restaurar movimentos e melhorar preensão funcional:

  • Materiais: termomoldáveis, neoprene, lona, couro, metal.

  • Funções: suporte, estabilização, correção, prevenção de contraturas.


Quem é o profissional responsável?

O protesista/ortesista ortopédico é o profissional treinado para confeccionar e adaptar órteses, próteses e calçados ortopédicos conforme a prescrição de médicos, fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais.

Esse especialista também orienta o paciente sobre o uso adequado do dispositivo, higienização e realiza os ajustes conforme necessário ao longo do tratamento.


Referência Bibliográfica

Ministério da Saúde (2019). Guia para Prescrição, Concessão, Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.

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